segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Homem e o líder, Biografia não autorizada de José Sócrates


“ A biografia política de José Sócrates não tem como referencia outros trabalhos biográficos, mais convencionais e institucionais. Nem o meu estilo o concede, nem tão pouco a vida e a carreira do biografado o permitem tal é o grau de opacidade de alguns dos seus aspectos.”
Esta nota do autor define o estilo do livro

Tenho algumas dúvidas de que possamos falar de uma biografia seja ela convencional, institucional ou de outro género.
O livro, mais do que uma biografia, procura fazer um relato do seu percurso político. Penso que é neste sentido que deve ser entendido.
Enquanto relato de factos é notória a intenção do autor de, ao longo do livro, ir apresentando elementos concretos que sustentem as suas tomadas de posição e as ilações que vai tirando da actuação do biografado.
Não podemos também deixar de salientar que o autor, embora reconhecendo capacidade e talento politico a José Sócrates – nem sempre no melhor sentido -, não mostra por este grande simpatia. Um passado demasiado presente no relacionamento dos dois que o autor não esconde e deixa claro.
Podemos dizer que o autor passou da fase acreditar/ilusão para a desilusão e uma profunda desconfiança sobre a pessoa e político.
Como biografia não recomendo. É como relato de um percurso político que deve ser lido.

José Sócrates, O Homem e o líder, Rui Costa Pinto, Exclusivo edições.

Não: tenho nenhuma afinidade política com o Eng. José Sócrates. Não tenho por ele, com a devida distância de quem não o conhece pessoalmente, nenhuma simpatia pessoal. Ao ler o livro pensei, obviamente em José Sócrates, Primeiro Ministro do meu país, mas também em todos os políticos a quem o livro poderia ser “dedicado”. Não é apenas o relato do percurso político de um indivíduo. É o de muitos políticos da sua geração e infelizmente de outras mais recentes.

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